A criação de barreiras que impossibilitem o espírito de se expandir para além dos limites do físico tem contribuído para o afastamento das pessoas como seres sensoriais e espirituais.
O mediatismo da comunicação social, que se fosse mais abrangente e mais objectiva, sem rodeios e sem estar agarrada ao pressuposto de que se não se vê e/ou não se explica pelas leis da física não existe, então poderíamos ter a oportunidade de ultrapassar as ditas barreiras físicas e chegar com mais propriedade ao espiritual.
As barreiras que nos são impostas ou auto estabelecidas por nós acabam por nos levar à ignorância e à recusa da capacidade de percepção dos nossos sentidos, acabando assim por esmorecermos, senão liquidarmos, o “veículo” que nos levaria mais além do conhecimento profundo.
Enquanto estudantes, foi-nos ensinado regularmo-nos pelo empirismo ou pelo óbvio e evidencias factuais desde que confirmadas pela ciência.
Agora, depois de atingida a maioridade acabamos por concluir que não chega termos tomado conhecimento do mundo físico porque muito mais ficou por esclarecer.
A religião acabou por ser uma forma de recompensar a ignorância e o desconhecido, mas sendo muito rígida e sem qualquer alternativa à liberdade de pensar ou agir, ou então de aceitar as diferenças que existem no mundo físico, limita a expressão dos seus seguidores e corrompe o pensamento profundo de todos aqueles que pretendem ir mais além, mesmo da própria vida.
Por isso as religiões tendem a aniquilar-se acabando por se extinguirem quer pelas guerras que elas próprias alimentam quer pela sua extinção natural por falta de combustível que é o ser humano. Pois que as religiões vivem do homem e não para o homem.